Elas que decidem: trabalho nos CRAS permite que mulheres escolham atividades

Prefeitura de Brusque, por meio da secretaria de Desenvolvimento Social, tem serviços exclusivos para as mulheres

BRUSQUE

  8 de março de 2024


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Elas que decidem: trabalho nos CRAS permite que mulheres escolham atividades

A cada 15 dias as mulheres que são atendidas pelos Centros de Referência e Assistência Social (CRAS) do Azambuja e Limeira realizam encontros. As atividades realizadas são voltadas exclusivamente para elas e decididas por elas, para que envolvam a realidade das mesmas e as ações consideradas mais importantes.

A secretária de Desenvolvimento Social de Brusque, Fabiana Gascoin, falou de como essa atividade é importante e faz a diferença na vida das usuárias do CRAS. “Se elas querem visitar um museu, por exemplo, todas chegam a uma conclusão e toda equipe vai estruturar e organizar este passeio. Tem muitas mulheres, por exemplo, que nunca chegaram a conhecer a praia. No ano passado nós conseguimos, a partir delas, montar um grupo para que elas fossem um piquenique na praia”, explicou.

O trabalho realizado para elas e com a decisão delas também é para capacitações. “A parte da empregabilidade, às vezes, elas não conseguem entender que elas têm a capacidade de estar indo trabalhar, conseguir também uma renda, para ajudar. Então, elas conseguem fazer um curso de tricô, crochê, e a partir disso também trabalhar as questões financeiras com elas” esclareceu a secretária.

Cuidados em relação à situação de violência

Outra ação importante são os cuidados e acolhimento em relação às mulheres em situação de agressão, que ocorrem por meio do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS). A secretária Fabiana explica que a violência contra a mulher pode gerar consequências físicas, emocionais e sociais que podem perdurar por meses e anos, além de impactar toda a família, incluindo os filhos, que acabam por testemunhar as agressões, podendo desenvolver traumas ao longo do tempo.

“O trabalho realizado no CREAS é um trabalho especializado, com escuta especializada. Nesse local, ela vai ser acolhida e vai ser realizada toda a parte de encaminhamentos necessários para outros órgãos. Há um trabalho em rede e também feito todo um monitoramento nesse acompanhamento com essa mulher. Então, nós temos equipes especializadas que podem sim estar fazendo essa escuta, estar acolhendo essa mulher em qualquer tipo de violação”.

Em Brusque, o CREAS conta com uma equipe com psicólogos, assistentes sociais, entre outros profissionais e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h, podendo ser acessado de forma espontânea (quando a mulher vai até o serviço em busca de auxílio) ou por encaminhamentos diversos.

Texto e fotos: João Paulo da Silva/Secom

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